quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ponto




De conto em conto eu aumento um ponto, dois pontos do mesmo conto.
A vida é uma história a ser contada, criada e aumentada. Em cada segundo um ato, ato de um momento inusitado, sentido, movido, perdido (ou não). Sonhando com a política bem leita, com mídia bem feita... de cada pessoa um ato, de um momento inusitado mais um ponto no nosso conto.
A razão é individual, o coletivo é infinito e dual. É criado, desenhado com diversos traços; a sociedade é apenas mensuração de um desejo da nação, essa mesmo que não faz nada por um sonho.
De cada ponto do conto do ato de um sonho existe alguém que vive por um segundo, faz estudo do minuto do abalo dessa nossa narração.
A sociedade é apenas uma miragem de pessoas meramente integradas singulares, sem motivação, sem noção, sem compaixão. Falando sozinhas, vivendo sozinhas, andando sozinhas, morando sozinhas, morrendo sozinhas.
Somos todos um, num mundo capitalista fritando como batatas frita. Somos isso, somos nós, no nosso conto abalando um ponto, movendo um sonho finito, iludido, corrompido. Somos nós, somos isso algo finito, mensurável; iludidos com a falsa idéia de coletivo do ponto midiático do conto; somos transmutáveis, manipuláveis... somos só um ponto do conto, esse mesmo substituível.
Porque? Por que é isso que nos tornamos: alienados, perdidos, conformados, iludidos. Alguém cansa de sonhar, quando o ponto do conto é subtraído, por que o conto é mesmo não importando o ponto. Os pontos são os mesmos, assim mesmo iguais, invariáveis... são dura ilusão, movido por tudo menos pela razão.

2 comentários:

  1. "Somos uma geração sem uma Grande Guerra. Uma geração sem uma Grande Depressão. Nossa guerra é espiritual. E nossa depressão são nossas vidas."

    Tyler Durden

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  2. "movido por tudo menos pela razão."


    [fato!]


    e quando vocês virem uma gravida passando mal, chutem-na! para poderem assim, fazer parte da sociedade! ;) [interno]

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